quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Quintas de Segunda

O seu primeiro pensamento pela manhã foi: "Droga, hoje é uma quinta que parece segunda depois desse feriado". O segundo, "Droga, odeio segundas, mas odeio mais ainda dias que não são segundas e parecem segundas". Levantou, vestiu a blusa e se arrastou até a cama. "Só mais 5 minutinhos! Nunca te pedi nada, tempo".

Ultimamente, ela tem pensado muito em mudanças futuras em sua vida. Está em uma idade em que as coisas caminham, mas não na direção que ela sempre quis e sonhara. Às vezes, batia aquele pensamento de que não iria conseguir tudo a tempo, até seus 30. Mas tempo é algo relativo. "TUDO a seu tempo".

O importante era que não havia conseguido escrever um livro todo, só projetos. Nunca aprendera a tocar um instrumentos, só imaginários. Nunca entrara em uma aula de canto, o palco era o chuveiro e, principalmente, nunca teve coragem suficiente para mostrar ao mundo o quanto era boa. Porém mais importante ainda era pensar que estava predestinada a algo maior além de sentar atrás de um computador e olhar constantemente para o calendário da empresa.

Mas quem tem pensamento de estrela, costuma dizer: "Isso, um dia, ainda dá uma boa estória para a minha biografia."

Um parabéns a...

... mim mesma.

Que insisto em achar que escrevo alguma coisa e que algum dia um caça-talentos irá me sustentar como sua estrela principal.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma Homenagem ao Joaquim

Dedico esse post a um tesouro encontrado pelo acaso: Joaquim Lima, o verdadeiro paramédico desse blog.
Devido à quantidade de tempo acumulado na memória, não garanto exatidão nos diálogos.
Mas quem se importa, não é?

Fazia frio, afinal o concreto absorvia também o vento responsável por balançar os cabelos arrumados das meninas de classe média/alta. Essa era uma noite propícia para vestir a melhor roupa e parecer estiloso entre a famosa construção redonda, o Museu, e a tal da Bliblioteca Nacional de Brasília. A mesma noite também iria anunciar um ótimo evento para aqueles que reclamam sobre a falta de lazer que só a capital sabe dispor.

- Oi.
- Oi - ele pareceu simpático apesar de não passar inicialmente dessa frase.
- Prazer, Bruna.
- Joaquim.
...
...
...
- Saiba você que os porteiros são os mais bonitos. Eu tenho um lá no meu bloco que nooossa - ela falou com voz de travesti.
- E Joaquim é nome de porteiro. Antônio também. "Ai porteiro" - ele acompanhou.

Fim.

Na verdade, era só o começo.