segunda-feira, 22 de julho de 2013

Ensaio sobre o novo

Daí, depois de muito insistir em algo que apenas me deixava mal, eu percebi que só é feliz quem quer. Quem não quer, continua em um namoro que não leva a nada, em uma amizade que só cobra e só te quer "na balada", em um trabalho que só te cansa, em um curso que só traz desgosto...

Passei por todas essas fases: continuei amizades por causa do tempo, sem perceber que, na verdade, o próprio tempo muda a mentalidade e o jeito como você gosta daquela pessoa. Forcei-me a acreditar que o namoro era pra sempre por mais que tudo estivesse uma merda e eu fosse tratada mal. Me obriguei a estar num emprego que me esgotava sem necessidade e fiz um curso em um lugar que eu desprezava.

Aguentei tudo isso por idiotice e o que eu decidi no final? Que para ser feliz é só abdicar do comodismo e dos velhos hábitos (sim, infelicidade traz todo um drama e é comodo ficar no papel de vítima). É necessário dar o primeiro passo rumo ao novo. E amar algo/alguém que te dá algo continuamente novo é a melhor consequência disso. Amar não é possuir, é compartilhar. Amar não é brigar por coisa idiota sem depois fazer as pazes e ficar tudo lindo. Amar exige maturidade. Portanto, viva o novo, viva o amor, viva o destino, viva seu poder de escolha. E nossa, como eu sou uma garota de sorte por aprender com os meus erros e o dos outros. E por achar quem me ame como eu sou e que retribui na mesma intensidade tudo o que eu posso oferecer.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ensaios de segunda

… e quando o impulso de olhar o visor do celular a procura de novas mensagens a cada 47 segundos torna-se maior do que sua vontade de deixar isso de lado?

É difícil procurar existência nas palavras dos outros. Por isso, a necessidade de escrever. Escrevemos para nós mesmo, para a gaveta, para o lixo, para possíveis novos admirados, para os carteiros. São tantas as maneiras de não saber lidar com nossa própria solidão que acabamos esquecendo da meta mais importante da nossa espécie: descobrir qual é o melhor papel de carta para cada tipo de sentimento.


(por mim mesma)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Quintas de Segunda

O seu primeiro pensamento pela manhã foi: "Droga, hoje é uma quinta que parece segunda depois desse feriado". O segundo, "Droga, odeio segundas, mas odeio mais ainda dias que não são segundas e parecem segundas". Levantou, vestiu a blusa e se arrastou até a cama. "Só mais 5 minutinhos! Nunca te pedi nada, tempo".

Ultimamente, ela tem pensado muito em mudanças futuras em sua vida. Está em uma idade em que as coisas caminham, mas não na direção que ela sempre quis e sonhara. Às vezes, batia aquele pensamento de que não iria conseguir tudo a tempo, até seus 30. Mas tempo é algo relativo. "TUDO a seu tempo".

O importante era que não havia conseguido escrever um livro todo, só projetos. Nunca aprendera a tocar um instrumentos, só imaginários. Nunca entrara em uma aula de canto, o palco era o chuveiro e, principalmente, nunca teve coragem suficiente para mostrar ao mundo o quanto era boa. Porém mais importante ainda era pensar que estava predestinada a algo maior além de sentar atrás de um computador e olhar constantemente para o calendário da empresa.

Mas quem tem pensamento de estrela, costuma dizer: "Isso, um dia, ainda dá uma boa estória para a minha biografia."

Um parabéns a...

... mim mesma.

Que insisto em achar que escrevo alguma coisa e que algum dia um caça-talentos irá me sustentar como sua estrela principal.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma Homenagem ao Joaquim

Dedico esse post a um tesouro encontrado pelo acaso: Joaquim Lima, o verdadeiro paramédico desse blog.
Devido à quantidade de tempo acumulado na memória, não garanto exatidão nos diálogos.
Mas quem se importa, não é?

Fazia frio, afinal o concreto absorvia também o vento responsável por balançar os cabelos arrumados das meninas de classe média/alta. Essa era uma noite propícia para vestir a melhor roupa e parecer estiloso entre a famosa construção redonda, o Museu, e a tal da Bliblioteca Nacional de Brasília. A mesma noite também iria anunciar um ótimo evento para aqueles que reclamam sobre a falta de lazer que só a capital sabe dispor.

- Oi.
- Oi - ele pareceu simpático apesar de não passar inicialmente dessa frase.
- Prazer, Bruna.
- Joaquim.
...
...
...
- Saiba você que os porteiros são os mais bonitos. Eu tenho um lá no meu bloco que nooossa - ela falou com voz de travesti.
- E Joaquim é nome de porteiro. Antônio também. "Ai porteiro" - ele acompanhou.

Fim.

Na verdade, era só o começo.

terça-feira, 29 de março de 2011

Pintar = fortuna

4:05 da tarde. Sala cheia de pessoas que almejam seguir na corrente brasiliense dos concursos, mas que se encontrava parcialmente vazia devido ao intervalo de 20 minutos dado aos estudantes para fazer o que bem entenderem do lado de fora. Tudo no âmbito da legalidade, claro.

Duas cadeiras à frente, a seguinte conversa (produtiva):

- Olá, tudo bom? Deixa eu te perguntar: onde foi que você fez essas luzes ? Ficou bem natural. Tá lindo.
- Ah, oi. Então, blábláblá...

O papo que se seguiu deve ter sido executado na faixa de uns 5 minutos aproximadamente, mas eu já não prestava atenção. Essa foi a última frase, a que fez meu cérebro reagir à conversa novamente, a que me fez escrever sobre isso, a que me fez ouvir claramente ela dizendo:

- Eu vou te dar o número dele. Ele é ótimo, fica lá no Lago Sul. Da última vez, eu paguei um pouco caro, mas valeu muito a pena. Ficou 500 REAIS só para cortar! - exclamou aquele esteriótipo ambulante perfeito e fútil de garota baywatch com suas luzes naturais.

Notas do autor:

* Essa estória é baseada totalmente em fatos verídicos e no desabafo excremental dessa que vos escreve e paga, no máximo, 25 reais para cortar a juba rebelde.

** Juro isso sob o juramento dos escoteiros que não vão à manicure.